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Hipofaringe

O câncer de hipofaringe localiza-se na parte mais inferior da faringe. A neoplasia maligna mais comum que acomete a hipofaringe é o carcinoma espinocelular (CEC). Este agressivao câncer tem como fatores de risco sobretudo o cigarro e o hábito de beber bebidas alcóolicas. Os tumores presentes na parte mais inferior da hipofaringe estão também associados às deficiências nutricionais.

Além do tabagismo e etilismo, o vírus EBV – Epstein Bar Vírus pode também desencadear o aparecimento dos linfoepiteliomas e assim o carcinoma indiferenciado de hipofaringe. Da mesma forma, o vírus HPV – Papiloma Vírus Humano, pode estar associado ao aparecimento desta doença. Este vírus está presente principalmente na orofaringe e pode propiciar também o aparecimento do carcinoma verrucoso.

Algumas proteínas estão ao desenvolvimento tumoral. Dentre elas, as oncoproteínas E6 e E7, juntamente com as proteínas p53 e RB, que interferem na supressão tumoral. Ou seja, atuam na capacidade de inibir o aparecimento de câncer.

Anatomia da hipofaringe

A anatomia da hipofaringe, faz parte da faringe e compreende a região mais profunda da gargante. A parte superior começa na epiglote, uma espécie de válvula que não deixa os alimentos entrarem dentro dos pulmões. A parte inferior compreende a cartilagem cricóide, que fica logo abaixo do pomo de Adão, ou gogó.

Sintomas do câncer de hipofaringe

Os sintomas do câncer de hipofaringe são diversos. O principal deles é a presença de uma massa cervical, ou caroço que acomete um ou ambos lados do pescoço. Disfagia que significa dificuldade em engolir, também está presente, inclusive com muita dor ao engolir.

Alguns pacientes apresentam-se com alteração na voz ou rouquidão. As neoplasias de hipofaringe são agressivas. Mesmo nos estágios iniciais, a doença pode se manifestar com ínguas no pescoço, os chamados linfonodos.

Frequentemente, os pacientes são diagnosticados com a doença em estágio avançado e consequentemente metástases nos pulmões.

Por ser um tipo de câncer pouco comum, o seu tratamento ainda é controverso. Os estudos científicos dispões de número pequeno de pacientes, o que leva consequentemente a falta de resultados bem assertivos. Por isto, uma segunda opinião sobre o câncer de hipofaringe pode ser uma ótima opção para o paciente.

Diagnóstico e estadiamento

O diagnóstico do câncer de hipofarinte é feito através dos sinais clínicos combinados com um exame endoscópico. A nasofibrolaringoscopia é um exame endoscópico. Dessa forma, este aparelho tem uma câmera onde é possível visualizar não apenas a hipofaringe, mas também toda a orofaringe, incluindo a nasofaringe.

Para o médico é importante saber se a prega vocal está com doença. Da mesma forma as cartilagens presentes na hipofarinte. Da mesma forma, as cadeias linfonodais precisam ser bem estudas para a programação correta do tratamento cirúrgico.

Com a nasofibrolaringoscopia, o médico pode coletar material para ser enviado para o laboratório de patologia. Esta biópsia com material adequado, sem dúvida irá fechar o diagnóstico.

Após este exame, é preciso saber a extensão da doença. Exames como tomografia computadorizada e radiografias auxiliam neste passo.

Tratamento

O tratamento mais adequado depende da condição de cada paciente. Esta é uma peculiaridade deste tipo de câncer. O médico oncologista deve se adequar à situação em que o paciente se encontra e buscar a melhor terapêutica, mas baseado em evidência científica.

Condição emocional, estado geral de saúde, estágio da doença e estado nutricional são fatores decisivos no tratamento, assim como equipe experiente.

A cirurgia endoscópia é ideal para o tratamento das doenças iniciais. A radioterapia é uma opção de tratamento complementar. Porém, tumores pequenos podem da mesma forma ter sucesso no tratamento apenas com radioterapia.

Para os tumores maiores a terapia combinada é uma opção. Esta terapia envolvendo cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Na presença de invasão tumoral das estruturas cartilaginosas a cirurgia é o tratamento de escolha.

Da mesma forma, quando a doença envolve toda a circunferência da hipofaringe bem como o esôfago, a cirurgia é a primeira opção.

Contudo, atualmente o protocolo de preservação de órgãos é a primeira opção em casos selecionados.

Opções de tratamento padrão

O tratamento depende basicamente no estágio de evolução da doença.

  • Laringectomia total com linfadenectomia cervical: como dito, esta cirurgia é reservada para os pacientes com tumores grandes, envolvendo cartilagens ou o esôfago. Consiste então na retirada da garganta ( laringe) e todos os linfonodos cervicais necessários.
  • Quimioterapia neoadjuvante: neste caso, o paciente realiza sessões de quimioterapia. A intenção deste tratamento é a diminuição da doença. Sendo assim, a cirurgia é mais econômica e com preservação de estruturas do órgão.
  • Radioterapia e quimioterapia exclusivas: tratamento reservado aos pacientes com doença muito avançada onde a cirurgia não tem benefícios.
  • Quimioterapia paliativa: indicada para pacientes que tiveram recidiva, ou recaída da doença. Naqueles que estão com doença avançada ou seja, metástases, a quimioterapia é a alternativa indicada.Quanto o paciente já utilizou algum regime de quimioterapia, faz-se necessário o uso de quimioterapia de segunda linha.

Sem dúvida alguma, o câncer de hipofaringe é agressivo e de tratamento multidisciplinar. Muitas vezes os pacientes que tem esse tipo de câncer desenvolve outros no trato aero digestivo. Sendo assim, uma avaliação precisa é imprescindível para o sucesso do tratamento.

O tratamento deve ser feito então, em local com experiência, para minimizar riscos e diminuir complicação. Uma segunda opinião médica em câncer sempre é bem vinda. Há também muitos sites para informações sobre o assunto como o Instituto Nacional do Câncer do Brasil e também o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.


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Autor Médico: Cleuber Barbosa de Oliveira – CRM 36865-MG | RQE Nº: 23713 Cancerologia / Cancerologia Cirúrgica | RQE Nº: 23712 – Cirurgia Geral

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