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Ovário – Câncer Epitelial

O Que é Isto?

O câncer de ovário epitelial é a neoplasia maligna mais comum deste órgão. Os ovários são órgãos reprodutores femininos e também glândulas produtoras dos hormônios sexuais da mulher. Eles são órgãos internos e ficam alojados na pelve ao lado do útero. Mesmo sendo órgãos tão importantes, podem ser a origem do câncer de ovário.

Entre as neoplasias de origem ginecológica, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de ovário é a segunda mais comum, ficando atrás apenas do câncer do colo do útero. Grande parte dos tumores malignos do ovário, em torno de 95%, correspondem aos tumores derivados das células epiteliais, que revestem o órgão.

Contudo, existem diversos tipos diferentes de tumores de ovário, sendo estes restantes de acometimento das células germinativas (reprodutoras e que formam os óvulos) e também os tumores estromais ( produtores da maioria dos hormônios femininos).

O principal tipo de neoplasia maligna é o carcinoma de ovário. Este é um tumor epitelial, que pode estar no ovário, trompas ou peritônio. A parte epitelial reveste a camada mais externa dos ovários.

O câncer de ovário é silencioso. Ele causa sintomas quando se encontra fora do ovário. Por isso os médicos têm dificuldade em diagnosticar este câncer antes das fases avançadas. Por este comportamento agressivo e silencioso, o câncer de ovário é o mais letal entre os tumores dos órgãos reprodutores feminino.

Atualmente o câncer de ovário, trompas e peritônio podem ser agrupados em uma mesa doença, mas porém são contudo, considerados entidades diferentes.

Causas do Câncer de Ovário

As causas do câncer de ovário estão associadas aos fatores de risco, sendo estes os principais

  • Idade: Geralmente, o câncer de ovário acomete mulheres mais velhas, frequentemente as menopausadas. O risco aumenta com a idade.
  • Fatores hormonais e reprodutivos: As mulheres em idade infertil tem o risco aumentado de desenvolverem câncer de ovário. De outra forma, o risco do desenvolvimento de câncer nas mulheres que usam pílulas contraceptivas orais e que tiveram vários filhos é menor. Por outro lado, as mulheres que nunca engravidaram e tiveram filhos, aparentemente têm risco aumentado para câncer de ovário.
  • Histórico Familiar: mulheres que têm histórico familiar e pessoal de câncer de mama e cólon tem o risco aumentado de desenvolverem câncer de ovário. Mutações genéticas dos genes BRCA1 e 2 também estão associadas.
  • Excesso de peso corporal: aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de ovário.

Sintomas do Câncer de Ovário Epitelial

Os sintomas do câncer de ovário podem estar ausentes nas fases iniciais da doença. Os tumores epiteliais são na maioria das vezes assintomáticos e silenciosos.

Na medida em que a doença progride os sintomas podem aparecer.Sensação de estufamento, abdômen inchado ou inclusive palpação de tumoração no abdome podem ser os sinais mais comuns. Muitas vezes o câncer de ovário é descoberto durante um habitual exame clínico do abdome.

Massa palpável em um achado habitual durante um exame clínico do abdome, pode também ser o gatilho inicial para a investigação.

O câncer de ovário pode também causar sangramento via vaginal, dores abdominais, alterações intestinais e inchaços nos pés.

Diagnóstico do Câncer de Ovário

Fazer o diagnóstico do câncer de ovário é essencial para o planejamento correto e preciso do tratamento. Quando houver suspeita de neoplasia ovariana, o médico deve realizar um exame clínico e ginecológico completo.

Como muitas pacientes apresenta-se com ascite, excesso de líquido no abdome que também é chamado de barriga d’água, a retirada deste líquido com uma agulha grossa e anestesia local é muito importante.

Além de causar alívio na paciente, o líquido retirado geralmente contém células malignas, que podem ser visualizadas no microscópio e assim estabelecer o diagnóstico.

Outra forma de ter diagnóstico confirmado do câncer de ovário, pode ser a biópsia de um ou de ambos ovários por uma agulha grossa. Essa core biopsy coleta material para o exame anátomo patológico para o diagnóstico do câncer de ovário.

Esta punção pode ser feito guiada por algum método de imagem, como ultrassom ou tomografia, mas também por laparoscopia.

Não é incomum durante uma cirurgia laparoscópica, com a colecistectomia, que o câncer de ovário seja diagnosticado. Pois durante a cirurgia de retirada da vesícula, podem ser achados lesões na cavidade abdominal e assim coletar material para exame.

Como a cirurgia laparoscópica é feita com a introdução de uma câmera no abdome por orifícios, o método permite também fazer uma avaliação precisa da extensão da doença e assim fornecer ajuda no estadiamento.

A cirurgia aberta, por corte no abdome, também pode ser uma das formas de fazer esta avaliação da extensão da doença e da mesma forma coletar material para exame.

Os exames laboratoriais também são de suma importância e essenciais. O marcador tumoral chamado de CA-125 costuma estar elevado, favorecendo então o diagnóstico. A dosagem deste marcador é sobretudo usada para avaliação do sucesso do tratamento. Todavia, a proteína CA-125 pode estar aumentada em outras condições que não seja o câncer de ovário.

Para complementar a avaliação da paciente com câncer de ovário, exames de imagens são importantíssimos e essenciais. Tomografia computadorizada do abdome e também a ressonância magnética da pelve, fornecem informações preciosas para a avaliação do estágio evolutivo da doença.

Da mesma forma, o PET Scan ou PET CT, a tomografia com emissão de pósitrons, está dentro do arsenal contra o câncer de ovário. Naqueles pacientes onde há dúvidas sobre a extensão da doença dentro e fora do abdome, este exame pode definir a situação e consolidar a programação de tratamento.

O Tratamento do Câncer de Ovário

O tratamento do câncer de ovário é feito adaptado à situação de cada paciente. Para cada paciente e situação a equipe médica envolvida precisa programar toda a sequência de tratamento. As circunstâncias envolvidas como a condição nutricional, grau de atividade funcional e também extensão da doença, tem influência nesta programação. Mas sim, a paciente pode também ter uma segunda opinião médica em oncologia para se ter poder entender outros pontos de vista sobre o seu problema.

Comumente, o tratamento inicial do câncer de ovário é cirúrgico. Todavia, para cada cenário, existe uma modalidade de cirurgia ideal.

A cirurgia no câncer de ovário pode ser:

  • Cirurgia como tratamento inicial: neste caso, geralmente iniciais, o tratamento cirúrgico é reservado para as pacientes onde os exames demonstraram que a doença pode ser completamente removida. Consiste na remoção do útero, ovários, tubas uterinas e omento, uma película de gordura que como avental origina-se do estômago. Também devem ser removidos toda e qualquer doença no abdome de preferência totalmente. Não é aconselhável, mas doença residual de até um centímetro de extensão pode ser aceito. Quando necessário os linfonodos da região pélvica também devem ser retirados Sempre o cirurgião deve documentar os locais onde foram encontrados os focos de doença. Sempre que possível, a cirurgia deve ser o tratamento inicial. Porém, em pacientes muito debilitadas, diabéticas, idosas, e naquelas onde não há segurança de se ressecar totalmente a doença, pode-se optar pela cirurgia após o término da quimioterapia.
  • Cirurgia de Resgate: Nos pacientes que tem um grande volume de doença, muito idosas ou muito debilitadas, que foram submetidas à quimioterapia, podem ser submetidas à esta cirurgia de resgate. No câncer de ovário, esta cirurgia é chamada de debulking ou citorredução. A indicação desta cirurgia é também quando a doença se espalhou pelo abdome. A intenção é a ressecção, ou retirada de toda doença do abdome após o tratamento prévio com quimioterapia.

Quimioterapia no Câncer de Ovário tem indicações

Embora existam vários estudos continuamente em andamento e também técnicas revolucionárias para se prever qual quimioterapia funcionará melhor, podemos dividir este tratamento assim:

  • Quimioterapia adjuvante: Este tipo de quimioterapia no câncer de ovário é feita como complementação do tratamento cirúrgico. Logo após o procedimento cirúrgico, deve-se iniciar esta forma de tratamento, que por ser sistêmica, atua em todo o corpo da mulher.
  • Quimioterapia neoadjuvante: Esta forma de tratamento do câncer de ovário, consiste no uso de quimioterapia antes de ser feita a cirurgia de citorredução. Geralmente este tipo de tratamento quimioterápico consegue reduzir muito o volume e tamanho da doença e assim favorecer posteriormente a realização da cirurgia radical.
  • Quimioterapia paliativa: neste tipo de tratamento, a quimioterapia é reservada nos pacientes em que houve falha de algum esquema de droga e assim, consequentemente, progressão da doença.

Radioterapia

A radioterapia no câncer de ovário tem uso e indicação mais restrita. Geralmente é usada para o tratamento de lesões residuais que não tiveram sucesso com o uso de quimioterapia e cirurgia. Pode ser usada também na doença residual em órgãos vitais, como grandes artérias, onde não foi possível a ressecção. Sangramento, obstrução ou compressão de estruturas tem na radioterapia uma forma eficaz de tratamento ou alívio de sintomas.

Imunoterapia

A imunoterapia ou terapia alvo pode ser indicada em casos selecionados de tumores epiteliais do ovário. Estes novos tipos de drogas têm sido testados para o tratamento do câncer de ovário. O funcionamento destas drogas é por forma antígeno-específica.

O tratamento visa induzir um tumor antígeno-específicos anti-tumorais e assim com a imunidade, favorecer uma alternativa de tratamento para o câncer de ovário. Estas drogas devem ainda ser estudadas, comprovadas e por fim liberadas para uso rotineiro. Porém, até o momento, mostram resultados animadores.

Apesar da importância de pesquisar sobre o assunto, nada substitui a consulta com um médico oncologista especialista e com experiência no assunto. Uma segunda opinião médica em oncologia online ou presencial poderá também ajudar o paciente na tomada de decisões e na escolha para sí, do melhor tratamento. Esta análise adequada de de dados, exames e das condições envolvidas são também essenciais para uma opinião de tratamento, profissional e adequada.


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Autor Médico: Cleuber Barbosa de Oliveira – CRM 36865-MG | RQE Nº: 23713 Cancerologia / Cancerologia Cirúrgica | RQE Nº: 23712 – Cirurgia Geral

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