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Mama – Neoplasia Maligna

Informações Gerais Sobre Câncer de Mama.

O câncer de mama é uma neoplasia maligna que afeta as glândulas mamárias. A doença pode acometer homens e mulheres. Sem dúvida alguma, o câncer mais comum da mama é o tipo epitelial. Desta forma, raramente a mama apresenta-se com neoplasias raras como linfomas, sarcomas e melanomas.

Incidência e letalidade.

A incidência do câncer de mama é alta. No Brasil a incidência aproximada é de mais de 180 mil casos novos ao ano. Pode-se dizer, que o câncer de mama é o câncer da mulher, pois é o mais comum depois dos tumores de pele não melanoma.

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Em outras palavras, uma em cada seis mulheres com câncer de mama morrerão devido à doença.

Sem dúvida alguma, medidas preventivas e eficientes de rastreamento e diagnóstico precoce, aumentam consequentemente as taxas de cura. Além disto, este rastreamento aumenta o diagnóstico de tumores de baixo risco, lesões pré malignas e carcinoma ductal in situ.

Deve-se ressaltar que alguns estudos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido, demonstraram um aumento da incidência dos carcinomas mamários invasivos desde a década de 70. Consequente à ampla terapia hormonal pós-menopausa e também com o uso rotineiro da mamografia.

Fatores de risco

Sem dúvida existem vários fatores de risco para o desenvolvimento desta neoplasia maligna.

  • História familiar de câncer de mama. Este é fator importantíssimo.
  • Aspectos genéticos com mutação dos genes BRCA1 e BRCA2
  • Abuso no consumo de álcool
  • Estrogênios. Inclui neste fator de risco a idade da primeira menstruação e também da menopsua. Ausência de filhos também tem fator causal do câncer de mama. Da mema forma, gravidez em idade mais avançada.
  • Uso de terapia hormonal. A combinação de estrogênio e progesterona tem efeito negativo no organismo.
  • Obesidade. O aumento de peso, associado principalmente com gordura visceral, aumenta o risco da neoplasia mamária
  • História pessoal de câncer de mama
  • Passado de doenças benignas na mama.
  • Exposição à radioterapia na região torácica também aumenta o risco de tumores de mama.

Fatores que protegem

Alguns fatores protegem contra o câncer de mama na mulher.

  • Exercício físico
  • Gravidez precoce. Em idade mais avança é um fator de risco.
  • Amamentação. Mulheres que amamentam tem risco menor de desenvolver a doença.
  • Moduladores seletivos do receptor de estrogênio.
  • Uso de estrogênio, mas apenas após a retirada do útero.
  • Mastectomia profilática ou redutora de risco.
  • ooforectomia, retirada dos ovários.

Diagnóstico

O diagnóstico de câncer é sempre algo que vem para nos tirar o chão. Apesar disso, é o momento de tomar uma série de decisões. Mal temos tempo de “cair a ficha” e é hora de ouvir coisas como quimioterapia, cirurgia, radioterapia, como se a vida parasse e agora um outro mundo paralelo surgisse do nada. Como, em um mar de emoções,
tomar as decisões corretas? Será que meu tratamento está certo…?


Todavia, uma série de fatores podem te ajudar nesta jornada. Veja só, existe bastante informação na internet, de fácil acesso mas deve ser de fontes confiáveis, como o Instituto Nacional do Câncer _ INCA , ou, se você sabe inglês ou espanhol o Instituto
Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI) .


Uma das coisas importantes é que o tratamento do câncer é multidisciplinar, podendo envolver várias especialidades médicas. Tratar com especialistas e profissionais conceituados é o principal para o sucesso no tratamento.

Tipos de tratamento


Antes de falarmos sobre os tipos de tratamento do câncer de mama, há um alerta: o tratamento sempre é individualizado.

Assim, um tratamento nunca é idêntico a outro. Para cada pessoa, há um tratamento específico. Inclusive, algumas condições individuais, da pessoa, podem indicar certas adaptações e modificações neste tratamento.


Algumas condições como o peso, idade, presença de doenças crônicas, entre outras, podem exigir adaptações e mudanças nas indicações e no tratamentos do câncer de mama.

Cirurgia


A cirurgia é o primeiro tratamento lembrado para o câncer de mama. Em alguns casos ele não é o primeiro e pode ser acompanhado de outros tratamentos, antes ou depois.
A cirurgia da mama evoluiu bastante. Atualmente é bem menos frequente a retirada completa da mama. Mesmo quando isso ocorre, existe a possibilidade da reconstrução da mama acometida, e isto inclusive pode ocorrer na mesma cirurgia.


Outra mudança também recente é a retirada dos linfonodos ou tecidos linfáticos das axilas. Se antes todos eram sempre retirados no procedimento cirúrgico, atualmente isso ocorre apenas em casos selecionados.


O que é feito muitas vezes, é um exame chamado pesquisa do linfonodo sentinela. Esta pesquisa ocorre no momento da cirurgia.
Neste exame é retirada apenas uma amostragem dos linfonodos, geralmente um ou dois.

Assim, pode-se então fazer a seleção dos pacientes que necessitam ou não da retirada completa dos outros nódulos linfáticos. Esta outra cirurgia maior e mais agressiva é chamada de linfadenectomia ou linfonodectomia axilar.
Importante ressaltar que todos estes assuntos devem ser discutidos entre a paciente e a equipe médica antes da cirurgia.

Radioterapia

A radioterapia no tratamento do câncer de mama normalmente é realizada na mama doente e também nas axilas e parte do tórax. Esta modalidade de tratamento é sobretudo como auxiliar da cirurgia. Desta forma pode ajudar a diminuir o risco de que a doença volte a acometer estes locais. A volta da doença no local onde surgiu é chamada de recidiva loco-regional.


A indicação da radioterapia no tratamento do câncer de mama e a quantidade de locais do corpo em que ela será feita vai depender de certas situações como: tamanho do tumor, se parte da mama foi preservada ou se algum ou vários. linfonodos da axila estavam doentes.

Tratamento sistêmico

Atualmente existem uma variedade enorme de medicamentos que são chamados sistêmicos, para o tratamento do câncer de mama. São medicações que agem em todo o corpo. Em geral são tratamentos aplicados na veia ou tomados pela boca na forma de
cápsulas ou comprimidos e que têm ação em todo o organismo e normalmente são indicados para casos de doença metastatica (doença em um ou mais órgãos fora da mama).

Da mesma forma, em casos de risco de surgimento de metástase, estas drogas são indicadas para diminuir este risco. Nestes casos, são um tratamento complementar e portanto são chamados de tratamentos adjuvantes.

Principais medicamentos para o tratamento sistêmico do câncer de mama

Muitos medicamentos podem ser usados no câncer de mama. Muitas delas podem ser feitas em conjunto e outras porém, devem ser usadas após a cirurgia.

Quimioterapia

Entre os tratamento do câncer de mama, a quimioterapia ocupa um importante papel. Este tratamento é realizado com um conjunto de medicamentos que tem como objetivo destruir as células cancerígenas do organismo.

Geralmente é realizada com a utilização de mais de uma medicação em aplicações na veia, programadas com intervalos que variam entre uma e três semanas. A quimioterapia pode levar a queda de cabelo e da imunidade e também a outros efeitos adversos. Isso é algo a ser bem conversado com a equipe médica, pois existem vários medicamentos diferentes que são utilizados para o tratamento do câncer de mama e os efeitos adversos provocados podem variar de de paciente para paciente.

Hormonioterapia


Os tumores de mama podem ter receptores hormonais, ou seja, neste caso são tumores que dependem sobretudo de estímulos hormonais para se desenvolverem.
Nestas situações, o uso de bloqueadores hormonais podem inibir o crescimento dos tumores ou até fazer como que a doença diminua de tamanho.
Existem vários tipos de medicamentos que agem nas vias hormonais e que podem ser utilizados. Isso também é algo a ser discutido com o seu oncologista.

Terapia alvo no câncer de mama

Alguns tumores de mama apresentam moléculas chamadas alvo, ou seja, são moléculas que são essenciais para o crescimento do tumor e que podem ser bloqueadas por substâncias.
Estas tais substâncias são medicamentos chamados terapia alvo. São usadas no caso do
câncer de mama. A mais famosa dela é anti-HER2, ou seja, o medicamento que bloqueia a molécula chamada HER2.


Em alguns casos esta molécula é produzida anormalmente e estimula o crescimento e reprodução das células do tumor. Nesta situação o uso do anti-HER-2 pode inibir o tumor com sua diminuição.
Existem outras terapias alvo e o seu uso é individualizado a depender de características do tumor e da paciente. Estas drogas estão em constante aperfeiçoamento e representa o grande avanço no câncer de mama..

Imunoterapia


Também usada no tratamento do câncer de mama, a imunoterapia tem seu uso na oncologia há um bom tempo, mas vem ganhando muito destaque devido a vários progressos na área e o surgimento de vários medicamentos novos.
Basicamente a imunoterapia age estimulando o sistema imunológico da paciente para combater o tumor.

A sua indicação para o tratamento do câncer de mama é recente, porém não é consenso geral. Sim, é somente para algumas situações, mas é importante frisar que muitas mudanças
tem acontecido recentemente. Por isso, pergunte a seu médico sobre quais os possíveis tratamento sistêmicos que são indicados para você.

O câncer de mama é uma doença letal e agressiva. O tratamento é igualmente complexo. Apesar da importância de pesquisar sobre o assunto, nada substitui a consulta com um especialista médico capacitado. Um oncologista experiente que poderá analisar todos os detalhes para uma opinião de tratamento profissional e adequada. Alguns websites confiáveis também podem fornecer informações úteis como o Instituto Nacional do Câncer do Brasil , Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos.

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Autor Médico: Cleuber Barbosa de Oliveira – CRM 36865-MG | RQE Nº: 23713 Cancerologia / Cancerologia Cirúrgica | RQE Nº: 23712 – Cirurgia Geral

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